Ivermectina – droga contra o câncer

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A droga multialvo Ivermectina: de um agente antiparasitário a um medicamento contra câncer reposicionado.

Trouxemos mais esta matéria sobre a Ivermectina dada sua grande importância clínica, ainda tão pouco reconhecida. Dentro da nossa área de bioquímica / fisiologia, tentamos traduzir de forma mais simples essa atuação para conhecimento de todos.

Trouxemos de forma simplificada, trabalho que aponta os efeitos antitumorais da ivermectina, in vitro e in Vivo

Há uma série de estudos pré-clínicos in vitro e in vivo em que a ivermectina demonstra sua eficácia contra uma ampla gama de doenças malignas, incluindo tumores sólidos e hematológicos malignos. No câncer de mama, por exemplo, a ivermectina tem sido estudada em MDA-MB-435, MDA-MB-231, MDA-MB-468, MDA-MB-361, MCF-7, HS578T e linhas celulares SKBR3 onde demonstra sua capacidade de inibir a proliferação celular, indução de apoptose, autofagia e reversão da resistência ao tamoxifeno, entre outros efeitos.

Mecanismos antitumorais da Ivermectina:

  1. A ivermectina inibe a bomba de glicoproteína-P, que induz um fenótipo multidroga na célula cancerosa.
  2. A ivermectina atua como um ionóforo e regula positivamente os canais de cloreto para gerar apoptose e morte celular osmótica.
  3. Ao diminuir a função do complexo mitocondrial I, a ivermectina limita o movimento eletrônico na via de fosforilação oxidativa que estimula a taxa de consumo de oxigênio para gerar ATP para a célula. Concomitantemente há uma redução nos níveis de fosforilação da Akt, impactando na processo de biogênese mitocondrial. Além disso, alterações na maquinaria mitocondrial estão relacionadas com níveis aumentados de espécies reativas de oxigênio que danificam o DNA.
  4. A ivermectina induz o CDI por meio da estimulação de um Microambiente enriquecido com ATP e HMGB1, que promove a inflamação. Essa droga também aumenta a sensibilidade do ATP e os sinais de cálcio nos receptores de membrana P2X, particularmente P2X4 e P2X7, para induzir imunidade dependente de ATP respostas.
  5. A ivermectina promove a poliubiquitinação da quinase PAK1, que a direciona para degradação no proteassoma. A PAK1 defeituosa, por sua vez, inibe a via Akt/mTOR. Ao mesmo tempo, a ivermectina estimula o expressão de Beclin1 e Atg5, ambos relacionados com a indução da autofagia e reduz a função do negativo regulador da apoptose Bcl-2. Juntos, isso gera autofagia e apoptose.
  6. Ivermectina reprime AXIN2, LGR5 e ASCL2, todos eles reguladores positivos de WNT-TCF enquanto promovem o repressor da sinalização WNT FILIP1L. Concomitantemente, a ivermectina promove a expressão de vários genes relacionados ao IFN, como IFIT1, IFIT2, IF144, ISG20, IRF9 e OASL.
  7. A ivermectina modifica a assinatura epigenética e a atividade de autorrenovação no maligno celular devido à sua capacidade de imitar a interação SIN3 que se liga ao motivo PAH2 dos desreguladores associados ao câncer SIN3A e SIN3B. SIN3A induz naturalmente NANOG e SOX2, que são estimulantes da pluripotência das células-tronco.
  8. A ivermectina limita a função das helicases de RNA NS3 e DDX23, ambas relacionadas com ribossomos biogênese e modificações pós-transcricionais, bem como com a degradação do mRNA. DDX23 atua como um promotor de miR-21, que é um estimulador bem reconhecido da progressão tumoral.
  9. Ivermectina inibe preferencialmente a CSC população e up-regula a pluripotência e os genes de autorrenovação NANOG, SOX2 e OCT4. IVM: ivermectina; ATP: trifosfato de adenosina; OCR: taxa de consumo de oxigênio; ROS: espécies reativas de oxigênio.

Leia a matéria completa da ação da Ivermectina em vários típos de câncer.

Leia mais sobre células cancerígenas.

Dra. Célia Wada – CRF-7043

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